Com imagens captadas pela mesma equipe responsável pelo documentário “Océans” – ganhador do César, “o Oscar francês”, de melhor documentário em 2011 -, a exposição “Oceanos” abre para visitação a partir desta quinta-feira (17), no Centro Cultural Correios, no Rio. Até 1º de julho, ficam à mostra no espaço 35 fotos. De acordo com a assessoria de imprensa, a inciativa pretende “contribuir para a conscientização ambiental por ocasião da Rio+20”. Trata-se da conferência das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável, que acontece entre 13 e 22 de junho na mesma cidade.
Digirido por Jacques Perrin e Jacques Cluzaud, e coproduzido pela Disneynature, “Océans” partiu da ideia de “ser peixe entre os peixes”, explica o texto de divulgação de “Oceanos”. “A equipe de Perrin e Cluzaud chegou a construir três tipos de câmeras inéditas, a fim de poder circular naturalmente entre os habitantes dos cinco oceanos da Terra.”
Na exposição, chamam a atenção as imagens de animais raros, caso de exemplar ancestral da iguana marinha, descrita como “um lagarto passeando embaixo da água”. O material de imprensa explica que as iguanas “voltaram ao mar para obter o alimento que as ilhas Galápagos, quase desertas, não ofereciam a eles”.
Já o elefante marinho da ilha de Guadalupe destaca-se pela grande proximidade da câmera, enquanto “o peixe shrek […] é munido de monstruosos tumores que incham seu crânio e seu queixo”. Segundo a nota, as mudanças surgem conforme o animal envelhece: “a jovem fêmea ‘elegante’ se transforma em ‘macho velho’, ou seja, o peixe nasce fêmea e morre macho”.
O texto cita ainda uma imagem, captada no sul da Austrália, em que aparecem milhares caranguejos juntos: eles estão ali para a mudança de pele, e chegam a cobrir o fundo do mar até uma altura de um metro. “Últimas testemunhas de uma riqueza acabada, essas indescritíveis abundâncias eram comuns antes do homem industrial”, observa Perrin, codiretor de “Océans”, na nota.
“E elas nos lembram que a ‘amnésia ecológica’ está nos atingindo, pois cada um considera a natureza que descobre em sua infância como original. Assim, de geração em geração, aceitamos o inaceitável empobrecimento, pois não podemos medir a extensão global do desastre.” (Fonte: G1)