O Brasil praticamente dobrou o número de áreas federais criadas para preservação ambiental nos últimos 20 anos. Em 1992, o país tinha 157 unidades de conservação federais, que somavam área de 272.942 quilômetros quadrados. Atualmente, há 310 áreas deste tipo, totalizando 750.476 quilômetros quadrados de áreas preservadas, o equivalente a 8,8% do território nacional. Os dados contam dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2012 (IDS), divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As unidades de conservação se dividem em dois grupos. Nas unidades de proteção integral, é proibida a presença de populações permanentes e vedada qualquer atividade econômica; já nas unidades de uso sustentável, são autorizadas e incentivadas a permanência de populações nativas, que podem desenvolver atividades econômicas essencialmente de subsistência.
A região Norte concentra 77% dessas unidades de conservação, principalmente no Amazonas (29,8%) e Pará (19,7%). Isso ocorre porque grande parte da Amazônia está inserida ali. A parte brasileira da maior área florestal do mundo tem 16% de sua área total protegida por unidades de conservação federais, das quais 8,8% são totalmente fechadas, classificadas como de proteção integral.
Essas áreas totalmente vedadas a moradias cresceram 115% nos últimos 20 anos, passando de 168.837 quilômetros quadrados em 1992, para 362.934 quilômetros quadrados em 2012.
Das áreas de conservação de proteção integral, 82,1% estão na Amazônia. Bem abaixo vem o Cerrado, que concentra 12,9% dessas unidades, seguido pela Mata Atlântica, com 2,9% do total, e pela Caatinga, com 1,3%.
Rio+20 – Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.
Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.
Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro. (Fonte: Cirilo Junior/ Portal Terra)