As baixas temperaturas do inverno no Sul do Brasil parecem ser difíceis de suportar para muitos, menos para os pinguins da espécie Magalhães, que fogem de regiões muito mais frias, como Argentina e Chile, para buscar mais ‘tranquilidade’ nas águas do litoral paranaense.
Todos os anos, entre os meses de junho e agosto, eles nadam milhares de quilômetros para chegar a essas regiões litorâneas. O problema é que durante o percurso alguns se enroscam em redes de pesca ou se contaminam com óleo que vaza de navios e acabam morrendo ou ficando feridos.
Segundo o Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR, além desses problemas, neste ano a maior a maior causa de morte em pinguins foi por causa da desnutrição. Desde o início do ano já foram recolhidos mais de 35 pinguins que estavam desnutridos. O índice representa mais do que o dobro de todo o ano passado.
“Tudo aponta para a falta de peixes e de alimentos. Além disso, o que mais preocupa são os pequenos vazamentos de óleo que ninguém fica sabendo. E esses animais, por serem excelentes indicadores de poluição por petróleo, acabam nos mostrando que o mar não está tão bonito quanto aparenta”, explica o biólogo Ricardo Krul.
Os animais feridos são levados para o CEM e passam por tratamento para recuperar o peso. O cardápio é especial e tem doses generosas de muita comida. (Fonte: G1)