O governo brasileiro vai exportar a experiência no programa Amazônia Sem Fogo para o Equador. Com o objetivo de elaborar proposta de atuação do programa na comunidade equatoriana e formatar políticas de uso alternativo do fogo, representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC) estiveram durante toda esta semana, em Quito, para reuniões com técnicos e dirigentes do Ministerio del Ambiente do Equador.
“Conseguimos elaborar uma proposta de cooperação trilateral em favor do Equador, com o apoio do governo italiano, parceiro nas ações do Amazônia Sem Fogo”, detalha o gerente de Projetos da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Moisés Savian, que representa o MMA na missão. A expectativa é capacitar funcionários do governo equatoriano, líderes comunitários, produtores rurais e técnicos envolvidos com a questão ambiental naquele país, com o intuito de reduzir o fenômeno dos incêndios florestais e melhorar condições de vida dos produtores das comunidades rurais locais.
Criado em 2008, o programa é desenvolvido a partir de cooperação bilateral Brasil-Itália, com a participação da Direção Geral da Cooperação Italiana ao Desenvolvimento, da Agencia Brasileira de Cooperação do Ministério de Relações Exteriores (ABC) e do Ministério do Meio Ambiente. Desde então, tem buscado fortalecer esforços coletivos de prevenção e controle a incêndios florestais na Região Amazônica Brasileira.
Caso de sucesso – Após alcançar índices de redução de queimadas que variam de 50% e 98% em estados da Amazônia Brasileira, o programa Amazônia Sem Fogo coloca o Brasil como referência no combate às queimadas na América Latina. Aproveitando a experiência de sucesso da execução do projeto na Amazônia Brasileira, em 2010, o programa foi levado para Bolívia. Agora, em 2012, a experiência chega ao Equador.
“O emprego de práticas alternativas ao uso do fogo contribui para conservação do meio ambiente e melhoramento das condições de vida das comunidades rurais”, cita Moisés Savian. Ele destaca que, para o sucesso da ação, o programa foi direcionado para a formação de multiplicadores, que devem atuar em áreas consideradas de risco para ocorrência de incêndios florestais. (Fonte: Sophia Gebrim/ MMA)