Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, desenvolveram um método para impedir a difusão de toxinas em partes comestíveis de plantas usadas na agricultura, como a canola.
A nova tecnologia pode beneficiar criadores de animais, por exemplo, que não precisarão mais se preocupar com a intoxicação de galinhas ou porcos que forem alimentados com a canola ou uma planta similar.
Chamada pelos cientistas de “engenharia de transporte”, a nova técnica foi detalhada em uma publicação da revista “Nature”. Segundo a professora Barbara Ann Halkier, responsável pela pesquisa e docente da Universidade de Copenhague, a equipe de cientistas isolou duas proteínas da Arabidopsis thaliana, uma pequena flor nativa da Europa e da Ásia aparentada da canola.
Quando a planta foi produzida sem as duas proteínas, suas sementes ficaram livres de glucosinolatos, responsáveis pela intoxicação dos animais que se alimentam muito de canola, diz a pesquisa. As proteínas, conclui a cientista, transportavam os glucosinolatos na planta.
A nova técnica é tão promissora que uma das maiores empresas do mundo em biotecnologia vegetal, a Bayer CropScience, está negociando apoio à universidade e espera obter a transferência de tecnologia, para produzir canola com sementes livres de glucosinolato. (Fonte: Globo Natureza)