O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realiza a “Operação Tamanduá” para coibir extração ilegal de madeira na região do Sul de Lábrea, no Amazonas. A ação, que está em andamento, já retirou quase 2 mil m³ de “madeira virtual” de circulação. Uma pessoa foi presa e diversos materiais irregulares, incluindo motosseras, um caminhão e um trator skidder, além de aves, foram apreendidos.
Durante fiscalização em três empresas madeireiras, o Ministério Público do Trabalho (MPT) flagrou trabalho infantil, trabalhadores estrangeiros ilegais e constatou diversas irregularidades como condições precárias de trabalho e falta de pagamento. Um termo de ajustamento de conduta foi assinado e as três empresas devem pagar multa que totaliza R$ 65 mil.
Segundo o Ibama, as investigações apontam para um esquema de fraude nos sistemas de controle de madeira, com diferenças entre o volume declarado no sistema e o volume físico em pátio. Diversas empresas foram multadas.
Ainda segundo o órgão ambiental, madeireiras localizadas na região do Abunã no estado de Rondônia estavam ligadas a extração ilegal de madeira no estado vizinho, e foram selecionadas para fiscalização dos volumes de madeira estocados em pátio.
O Ibama informou que excluiu de quatro empresas um volume de aproximadamente 2 mil metros cúbicos de madeira que constam em saldo, mas não existem fisicamente, configurando o chamado “crédito virtual”. “Esta medida de exclusão de créditos virtuais garante o ganho ambiental da operação, que além das medidas de responsabilização administrativas e criminais, consegue inviabilizar esquentamento de madeira ilegal”, explicou o órgão. (Fonte: G1)