O setor de floricultura fluminense registrou aumento de 30% na produção, desde o início de operacionalização do Programa Florescer, em 2005, e já vem exportando para outros estados, principalmente para São Paulo e Minas Gerais, principais compradores de plantas ornamentais.
Desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Pecuária do Rio, o Florescer visa ao desenvolvimento da cadeia produtiva de flores, plantas ornamentais e medicinais, com condições facilitadas de financiamento, voltado para a implementação de novas tecnologias de produção, profissionalização e capacitação do setor produtivo e comercial.
Segundo a coordenadora do Programa Florescer, Nazaré Dias, a produção do estado alcança 26.873.374 maços de dúzias, sendo o maior volume de flores de corte (10.691.283 maços/dúzias), gerando, em valor, um total de R$ 198,875 milhões.
“A média é aumento entre 10% e 15% por ano em termos de valor e de produção”, ressaltou Nazaré. No Rio, há cerca de 2 mil hectares plantados. A principal região produtora de flores de corte é a serrana e, de plantas ornamentais, a região metropolitana. As duas regiões concentram quase 90% dos produtores.
Por município, a capital se destaca como o principal produtor do estado. Em segundo lugar, vem Itaboraí, que sedia, a partir deste sábado (8), mais uma edição do Itaflores – Encontro de Produtores de Flores e Plantas Ornamentais, dentro do calendário oficial da atividade.
Nazaré Dias informou que o evento, que já está em sua nona edição, promove o intercâmbio de conhecimento entre produtores, estimulando a criação de novos micro empreendimentos e de oportunidades de negócios.
A coordenadora do Programa Florescer disse que os produtores passam por capacitação contínua e contribuem para o incremento da produção, introduzindo novas variedades e substratos. “Eles estão sempre ligados no que há de mais moderno em termos de floricultura para trazer para o estado”. O programa promove também a educação dos produtores, inclusive no referente à legislação ambiental, tributária e sanitária.
Outra linha apoiada pelo programa é o associativismo, para fortalecer a integração entre produtores. No início do Florescer, conta Nazaré Dias, havia uma única associação de produtores de flores. Hoje, são 16. “Os produtores sentem a necessidade de estar organizados para que possam comprar insumos e os próprios equipamentos, com um diferencial de preço”.
Segundo Nazaré Dias, os microempreendimentos do setor geram, em todo o estado, 5 mil empregos diretos, englobando a produção e a cadeia de comercialização, que envolve as floriculturas, o mercado atacadista e área de insumos. (Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil)