O Japão pretende eliminar o uso da energia nuclear até a década de 2030, informou a imprensa local nesta quarta-feira (12), antecipando uma nova estratégia energética a ser apresentada em breve.
Isso representa uma forte mudança em relação à política que vigorava antes do acidente nuclear de março de 2011 na usina de Fukushima, atingida por um terremoto e tsunami. Até então, a meta era que mais de metade da matriz energética japonesa fosse nuclear.
O primeiro-ministro Yoshihiko Noda disse na segunda-feira (19) que pretende definir a nova política energética nesta semana e que vai levar em conta uma proposta do seu partido, o Democrático, para que o Japão “invista todos os recursos (…) para tornar possível sair da energia nuclear na década de 2030”.
Ideias opostas – As novas diretrizes não devem resolver o acirrado debate sobre a conveniência econômica de manter a energia nuclear, e não há garantias de que o novo governo a ser eleito nos próximos meses irá manter a posição que for adotada por Noda.
A comunidade empresarial teme que a desativação das usinas encareça o custo da energia e reduza a competitividade japonesa. Já os ativistas antinucleares dizem que a busca por alternativas às usinas irá abrir novas oportunidades empresariais e estimular a inovação.
O governo considera três opções para a participação nuclear na matriz energética: zero assim que possível; 15% até 2030; e 20-25% na mesma data. (Fonte: G1)