Cientistas japoneses publicaram nesta quarta-feira (26) um estudo que traz as maiores evidências já obtidas para a existência de um átomo do elemento com o número atômico 113 – que poderia, então, ser acrescentado à tabela periódica.
A pesquisa, publicada pela Revista da Sociedade Física do Japão, pode encerrar as buscas por este elemento. Há nove anos, os especialistas do Centro Riken Nishina tentavam encontrá-lo. Em 2004 e 2005, chegaram a detectá-lo, mas o achado não foi reconhecido pela União Internacional de Química e Pura e Aplicada (Iupac, na sigla em inglês) nem pela União Internacional de Física e Pura e Aplicada (Iupap), e o elemento não entrou na tabela.
Com o novo estudo, os japoneses acreditam que superaram o problema e que o elemento finalmente será reconhecido. Todos os elementos com número atômico acima de 99 são muito pesados e instáveis. Esses elementos não existem na natureza; são criados em laboratório e têm vida curta, se transformando radioativamente em outros elementos.
Os isótopos do elemento 113 têm vida muito curta, e sua existência é verificada pelos seus “decaimentos”, ou seja, os cientistas medem o resultado das suas transformações para concluir se ele chegou a existir ou não. Na pesquisa de 2004, foram verificados quatro decaimentos, o que não foi suficiente para o amplo reconhecimento. No atual estudo, os japoneses verificaram seis decaimentos, e acreditam ter a prova definitiva da criação do elemento.
Caso venha o reconhecimento, o Japão poderá escolher o nome do novo elemento – que, desde 2004, é chamado provisoriamente de unúntrio. Até o momento, o país nunca teve essa honra. De qualquer modo, terão que aguardar pela análise de comissão conjunta da Iupac e da Iupap, o que deve levar alguns meses. (Fonte: G1)