Um novo estudo publicado nesta quarta-feira (14) na revista “Nature” sugere que a teoria de que o aquecimento global já teria intensificado as secas globais não está totalmente correta, já que a aplicação de uma metodologia específica teria “superestimado” o impacto do fenômeno.
Investigação científica feita por especialistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, analisou o funcionamento da metodologia empregada por cientistas chamada de “Índice de Severidade de Seca de Palmer” (PSDI, na sigla em inglês).
O índice aponta quando uma seca se inicia, se for comprovado que a taxa de chuvas para determinada região diminuiu consideravelmente em relação à expectativa climatológica.
Ele foi utilizado por cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) em seu quarto relatório sobre mudança clima, publicado em 2007. O documento apontava que estiagens intensas e duradouras foram observadas em maiores faixas de terra desde os anos de 1970.
No entanto, a pesquisa norte-americana afirma que a teoria foi “superestimada”, já que utilizou apenas como parâmetro o aumento das temperaturas, sem levar em conta, por exemplo, fatores que afetam a evaporação do solo, como mudanças na disponibilidade de energia, umidade e velocidade dos ventos.
Apesar do “ataque” à metodologia aplicada pelo IPCC, os pesquisadores reconhecem que, independente da previsão, regiões do planeta experimentaram mais períodos de secas. (Fonte: Globo Natureza)