A caça ilegal acabou com a vida de 633 rinocerontes na África do Sul neste ano, uma média próxima a duas mortes por dia, informou nesta quarta-feira (19) o Departamento do Meio Ambiente da África do Sul.
Em comunicado publicado nesta quarta em seu site, o departamento indicou que o número deste ano supera amplamente o de anos anteriores, com 448 rinocerontes assassinados em 2011, e 333 em 2010.
Segundo as estatísticas do Ministério do Meio Ambiente da África do Sul, a reserva mais afetada foi o Parque Nacional Kruger, que desde 1º de janeiro perdeu 395 rinocerontes, mais de um por dia.
Quanto à luta contra a caça ilegal, o governo sul-africano informou que, até o momento, foram realizadas 266 detenções – sendo 237 caçadores e o resto comerciantes ou compradores.
Em 9 de novembro, um tribunal sul-africano condenou um cidadão tailandês a 40 anos de prisão por seu destacado papel em uma máfia asiática de tráfico e comércio ilegal de chifres de rinoceronte.
A máfia do condenado, conhecida como “Xaysavang”, aproveitava para fazer negócios na África do Sul porque é o único país – junto com a Suazilândia – no qual é permitida a caça destes animais como esporte, embora o chifre possa ser exportado apenas como troféu, sem fins lucrativos.
Assim, obtinham licenças de caça em nome de outras pessoas para abater o animal e traficar suas partes.
A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas proíbe o comércio de chifres de rinoceronte, uma espécie protegida na África do Sul.
Estes animais correm grave perigo de extinção por conta da caça para a obtenção de marfim, que alguns atribuem propriedades medicinais e afrodisíacas, especialmente na Ásia, destino de muitos destas cargas ilegais.
Especialistas sul-africanos calculam que no país africano restam em torno de 20 mil rinocerontes. (Fonte: G1)