O Ministério do Meio Ambiente, por meio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) oficializou, nesta quarta-feira (2), o repasse de R$ 328 mil ao Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado (Cedac). O recurso do convênio firmado com o Centro será investido no fortalecimento de atividades agroextrativistas em comunidades de 11 municípios do norte de Minas Gerais, que vivem da produção e comercialização de espécies como a castanha de baru, pequi, jatobá, coco vassoura e favela (planta espinhosa comum nos biomas Cerrado e Caatinga).
Com a ação de apoio, serão beneficiadas cerca de 200 famílias de agricultores familiares extrativistas dos municípios: Várzea da Palma, Ponto Xique, Buritizeiro, Lassanse, Ibiaí, Jequitaí, Januária, Chapada Gaúcha, São Francisco, Pirapora e Urucuia. Como base para o projeto, serão analisadas e replicadas experiências de convivência com a aridez do Cerrado, construídas nos últimos 11 anos pela Rede de Comercialização Solidária (grupo de agricultores familiares, extrativistas, pescadores e vazanteiros organizados para produção de matéria-prima e produtos da sociobiodiversidade do Cerrado).
Estratégias de adaptação às mudanças climáticas, mutirões comunitários e pesquisas fazem parte da iniciativa. Dessa forma, serão construídas unidades demonstrativas de 5 mil m2 para produção de lenha para auto-consumo na forma de sistemas agroflorestais e enriquecimento dos quintais comunitários com o plantio de 20 mil mudas de espécies florestais importantes para a organização das comunidades em rede como o baru e o pequi. Além do aperfeiçoamento de processos produtivos com a planta favela e a organização da cadeia produtiva do pequi, desde o seu manejo até a comercialização solidaria.
Duração – O convênio do Fundo Clima com o Cedac tem duração prevista de 12 meses. Além de beneficiar diretamente 200 famílias, a expectativa do projeto é alcançar o dobro de famílias beneficiadas indiretamente, por meio de ações de enriquecimento florestal e organização dos povos e comunidades em rede, com a consequente comercialização dos produtos da sociobiodiversidade local. (Fonte: Sophia Gebrim/ MMA)