A Universidade Estadual Paulista (Unesp) confirmou nesta quarta-feira (13) que o crânio de uma baleia azul encontrado na praia do Leste, no município de Iguape, no litoral de São Paulo, possui entre 1800 e 1900 anos.
A descoberta do crânio foi feita em agosto do ano passado e amostras foram encaminhadas ao Beta Analytic, nos Estados Unidos, considerado o maior laboratório do mundo em datação por meio do carbono 14.
Segundo Francisco Buchmann, professor da Unesp e coordenador do laboratório, a universidade tomou conhecimento de grandes ossos enterrados e do afloramento do crânio graças à identificação feita por Ewerton Miranda de Souza. A equipe do laboratório foi até o local e constatou que eram partes de uma baleia, em processo de fossilização.
O professor disse que provavelmente a baleia encalhou numa antiga praia, foi soterrada e iniciou o processo de fossilização em ambiente saturado de água doce embaixo das ruas e casas de Iguape. Muito tempo depois, a variação da linha de costa devido a erosão costeira expôs o crânio e ossos ao ambiente de água salgada na praia do Leste.
A retirada da baleia – Inicialmente foi necessária a limpeza, com a retirada de diversas árvores que estavam em cima do crânio. Com um guincho elétrico para 1,3 tonelada, um tripé e talha para 1,5 tonelada e a ajuda de alunos. Parte da equipe utilizou pás e enxadas para a construção de uma barricada feita com sacos de areia, com o objetivo de proteger da ação das ondas; enquanto outra parte da equipe escavou com as mãos para evitar danificar os ossos. (Fonte: Terra)