Treze baleias morrem em santuário na Patagônia

De acordo com o levantamento anual feito na Península de Valdés, o local recebeu um número recorde de baleias-francas, 1.420 no total, desde que o monitoramento foi iniciado há 51 anos.

Uma baleia morta flutua na costa perto de Puerto Madryn. — Foto: AP

Treze baleias da espécie franca-austral morreram no santuário do Golfo Novo e na Península de Valdés, ambos na Patagônia, Argentina. De acordo com o Instituto de Conservação de Baleias (ICB), a causa das mortes ainda está sendo investigada.

“Os indivíduos foram detectados entre 24 de setembro e 2 de outubro em águas do Golfo Novo”, informou o ICB. Uma das hipóteses é a de que os animais tenham sido vítimas de biotoxinas.

Cientistas argentinos estão investigando o motivo da morte das 13 baleias nos últimos dias. — Foto: AP

O instituto estimou que “o objetivo mais urgente é realizar a autópsia das baleias e analisar amostras de água e bivalves para determinar a presença de biotoxinas por florações de algas nocivas (comumente chamadas de maré vermelha), uma das hipóteses para a morte das baleias”.

O episódio foi detectado em meio a uma temporada com presença recorde de mamíferos aquáticos, como baleias, botos e golfinhos, o que fortalece o turismo. O levantamento anual feito por meio de foto-identificação na Península de Valdés, registrou a presença de 1.420 baleias-francas entre 31 de agosto e 2 de setembro. Segundo o site do ICB, esse número máximo de indivíduos observado durante os 51 anos do estudo.

“Embora o número de baleias adultas mortas nesta temporada ainda seja menor que o da temporada passada, é preocupante que as mortes tenham sido registradas em um período de tempo tão curto”, declarou diretor científico da entidade, Mariano Sironi.

A suspeita é de que elas tenham morrido pela ingestão de biotoxinas, mas nada foi confirmado até o momento. — Foto: AP

Marcela Uhart, diretora do Programa de Monitoramento Sanitário (PMS), destacou um número incomum de baleias adultas mortas em um curto intervalo e na mesma área podem ser indicadores de variáveis ambientais locais que contribuem para a morte desses animais.

O prefeito da vizinha Puerto Pirámides, Fabián Gandón, disse que há “um aumento incomum do que se conhece como maré vermelha nos golfos Novo e San José”, no interior da Península de Valdés.

Fonte: G1