Países da região central da África, como Camarões e Chade, prometem mobilizar até mil soldados para realizar operações militares de proteção aos elefantes das savanas, que estão ameaçados por caçadores originários do Sudão, disse a organização ambiental WWF nesta terça-feira (26). A matança dos animais está em situação “desenfreada”, segundo a ONG.
“Nós recomendamos a mobilização de todas as forças de segurança e de defesa dos países afetados”, afirmaram representantes da Comunidade Econômica dos Estados da África Central em um acordo conjunto anunciado após uma reunião de emergência contra a matança dos animais, ocorrida na semana passada, entre os dias 21 e 23 de março.
A conferência, realizada na capital de Camarões, Yaoundé, decidiu por um plano de emergência conjunto que custará 1,8 milhão de euros (R$ 4,6 milhões) aos países. Aviões, veículos militares em terra e comunicação via satélite vão ser algumas das ferramentas usadas por um comando militar que combaterá os caçadores.
Foram identificados mais de 300 caçadores sudaneses fortemente armados, que têm massacrado elefantes na República Centro-Africana, no Chade e nos Camarões, diz a WWF. Pelo menos 419 animais foram mortos nos três países desde o ano passado.
Devem ser enviadas também missões diplomáticas para o Sudão e o Sudão do Sul, país criado recentemente, como forma de buscar apoio governamental no combate aos caçadores ilegais. (Fonte: G1)