O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) embargou 15,8 mil hectares de desmatamentos ilegais no Pará desde o início da Operação Onda Verde. A área (158 km2) corresponde quase ao dobro do tamanho da capital do Espírito Santo (Vitória tem 98,194 km2) ou, ainda, equivale a área ocupada pela capital do Rio Grande do Norte (Natal mede 167,263 km2).
O órgão afirma que o principal problema no oeste do Estado são os danos provocados pela pecuária ilegal, principalmente no município de Novo Progresso, e pela exploração irregular de madeira, detectado em Anapu e Uruará.
“Estas regiões apresentaram alertas de desmatamento significativos, estão liderando o processo de degradação da floresta no Pará e serão penalizadas”, afirma Hugo Américo, superintendente do Ibama no Pará.
Como o governo está no meio do período de medição do desmatamento da Amazônia Legal, que termina em julho de 2013, as apreensões de madeira e os embargos de terra também servem para listar os maiores desmatadores do país, que sofrem sanções do Ministério do Meio Ambiente, “como o corte de financiamentos oficiais”, explica Américo.
Os agentes também aplicaram R$ 77,6 milhões em multas nas cidades de Anapu, Uruará, Novo Progresso e Santana do Araguaia. Eles apreenderam, ainda, 18,1 mil metros cúbicos de madeira (volume que cabe em 730 caminhões cheios), oito balsas, cinco empurradores e quatro tratores e caminhões na região fiscalizada.
A madeira apreendida é doada para pequenos produtores rurais, governos locais e a organização benemérita Cáritas, em Belém – o material deve ser usado em ações sociais, conforme os projetos apresentados pelas entidades. (Fonte: UOL)