O vulcão Popocatépetl, localizado no centro do México e em atividade constante há duas semanas, registrou duas fortes explosões nas últimas horas, que incluíram a expulsão de fragmentos incandescentes nas laterais da montanha, informou uma autoridade oficial nesta sexta-feira (17).
As duas explosões ocorreram entre a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta e os fragmentos se espalharam por uma distância de até 1.500 metros do vulcão, detalhou em seu último relatório o Centro Nacional de Prevenção de Desastres (Cenapred), que mantém o mesmo nível de alerta desde domingo.
O Popocatépetl, segundo maior vulcão do México, com 5.452 metros de altitude, também registrou nas últimas horas 31 exalações de intensidade baixa a moderada, que foram acompanhadas por emissões de vapor d’água, gases e em algumas ocasiões pequenas quantidades de cinzas.
A segunda explosão gerou uma coluna de cinzas de 4 quilômetros de altura, detalhou o Cenapred, indicando que as condições de nebulosidade não permitem em algumas ocasiões o monitoramento visual do vulcão.
Impacto na população – O organismo reiterou se este tipo de atividade do Popocatépetl pode gerar uma possível expulsão de lava e uma chuva de cinzas sobre povoados próximos. A presença de cinzas no ambiente dos arredores do vulcão também afetou as operações aéreas no aeroporto internacional do estado de Puebla (centro), situado 90 km a sudeste da Cidade do México.
Duas companhias aéreas decidiram cancelar seus voos, um com destino a Houston (EUA), nesta quinta-feira, por precaução. As autoridades mexicanas prepararam um plano para uma possível evacuação de moradores das comunidades próximas ao vulcão desde que o Cenapred elevou no domingo o alerta ao nível Amarelo Fase Três, uma anterior à evacuação preventiva.
Em caso de aumento da atividade do vulcão, a evacuação contemplada abrangeria 3.000 pessoas que moram nas regiões baixas dos povoados mais vulneráveis, informou o Cenapred. O Popocatépetl fica na fronteira entre os estados de Puebla, Morelos e México (centro) e 650 mil habitantes vivem nas zonas de risco, segundo dados oficiais. (Fonte: G1)