A África do Sul quer reerguer o trecho de uma cerca na fronteira com Moçambique para evitar que os caçadores de rinocerontes atravessem para o Parque Nacional Kruger, em seu território.
“Há a necessidade de erguer esta cerca”, afirmou a ministra do Meio Ambiente Edna Molewa, acrescentando que a autoridade de parques do país compartilhou sua análise da situação.
Os caçadores estão usando um corredor sem cerca de 40 km – removido para criar um parque transfronteiriço – para entrar sorrateiramente no Parque Kruger e matar rinocerontes para extrair seus chifres, que depois são vendidos no mercado negro asiático.
Uma nova cerca será eletrificada e equipada com um sistema de detecção para evitar tentativas de romper a fronteira. “Será eletrificada e ligada a alguma tecnologia porque queremos evitar que as pessoas invadam”, disse Fundisile Mketeni, vice-diretor-geral de biodiversidade e preservação da África do Sul. Esta iniciativa é considerada uma medida temporária, afirmou.
Apesar da intensificação das medidas de segurança, que incluem o uso da tecnologia de aviões não-tripulados, o Parque Kruger perdeu 242 rinocerontes só este ano de um total de 350 mortos no país. O trecho da cerca foi baixado para permitir que os animais se movimentem livremente no Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo.
Segundo o ministro, debates políticos são mantidos entre Moçambique e África do Sul sobre a cerca, mas têm sofrido atrasos. O tratado para estabelecer um parque internacional foi assinado em 2002 pelos presidentes de África do Sul, Moçambique e Zimbábue. (Fonte: G1)