A zona morta do Golfo do México pode alcançar este ano uma extensão recorde de águas sem oxigênio devido à contaminação, advertiram cientistas nesta semana, com base em dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês).
As zonas mortas, tóxicas para a vida marinha, são geradas pela contaminação excessiva da água com o transporte de nutrientes usados na agricultura. Estas áreas também são influenciadas pelo clima, as chuvas, os ventos e a temperatura. Quando há pouco oxigênio na água, a maior parte da vida marinha que permanece perto do fundo do mar não consegue sobreviver.
De acordo com o órgão americano, a zona morta do Golfo do México pode alcançar 22.171 km², área pouco maior que o tamanho do estado do Sergipe, no nordeste brasileiro.
“A previsão deste ano para o Golfo reflete que as inundações no meio-oeste provocaram o transporte de grandes quantidades de nutrientes da bacia do Rio Mississippi até a região”, informou a NOAA em um comunicado. “No ano passado, a zona morta do Golfo do México foi a quarta menor nos registros devido à seca, cobrindo uma área de 7.482,5 km²”, acrescenta.
Impacto para a pesca – Os resultados finais só serão conhecidos em agosto. Se a região for varrida por uma grande tempestade tropical, entre o começo de julho e o começo de agosto, a estimativa cairá para 13.841 km².
Nos últimos cinco anos, a zona morta do Golfo ocupou, em média, 14.504 km². A NOAA informou que a zona morta do Golfo do México afeta a pesca “comercial e recreativa, importante em nível nacional, e põe em risco a economia da região”. (Fonte: G1)