As autoridades da Indonésia afirmaram que os trabalhos para apagar os incêndios florestais na ilha de Sumatra, que causaram problemas de saúde por causa da poluição do ar na Malásia e em Cingapura – além da própria Indonésia -, podem levar mais de um mês, publicou nesta sexta-feira a imprensa local. Pelo menos dois mil hectares de floresta já foram queimados e dezenas de focos de incêndio continuam propagando suas chamas sem controle, segundo as autoridades florestais da província de Riau, na ilha de Sumatra.
O Executivo indonésio informou na noite de quinta-feira que vai enviar mil fuzileiros navais para reforçar e coordenar as unidades aéreas e terrestres que já estão mobilizadas na região para tentar controlar e diminuir os incêndios. As nuvens de fumaça e cinza originadas nos incêndios cobriram o céu de Cingapura e de parte da Malásia durante quase uma semana, mas a situação melhorou parcialmente com a chegada das chuvas das monções.
Uma pessoa, residente na cidade malásia de Muar, onde foi declarado estado de emergência no domingo passado, morreu de causas relacionadas com a exposição à poluição do ar. A polícia indonésia prendeu oito pessoas envolvidas nas queimadas na província de Riau e investiga oito grandes corporações por suposta responsabilidade nos incêndios.
Os ambientalistas denunciam que centenas de queimadas foram causadas de forma intencional para abrir espaços cultiváveis em terrenos de floresta. Todos os anos os incêndios propositais se propagam pelas ilhas indonésias de Sumatra e Bornéu, ambas com grandes extensões de floresta. As queimadas são um método barato utilizado pelos donos de plantações para abrir espaços cultiváveis em áreas de floresta. (Fonte: G1)