Daniel Crawford, estudante de música na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, compôs um solo para violoncelo que retrata mais de 130 de história – ou melhor, variações – do clima do planeta.
Em um intervalo de três oitavas, ele “sonorizou” as médias de temperatura entre os anos de 1880 e 2012, que foram computadas pelo Instituto de Estudos Espaciais Goddard, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).
Cada nota de “Uma canção para o aquecimento do nosso planeta” representa um ano do clima desde o fim do século 19, sendo que as baixas marcam as temperaturas frias e as mais altas expressam os anos mais quentes da Terra.
O resultado é uma canção que começa em um tom bastante grave, quase soturno, devido à série histórica de anos frios. E Crawford exige que violoncelo alcance a menor nota já nos primeiros 30 segundos para marcar a temperatura de 1909, a menor já registrada pela Nasa.
A peça passa, então, a acompanhar a escalada da temperatura no globo, marcando o salto vivido na revolução industrial, em meados da década de 1930-1940, até chegar à sequência de notas cada vez mais agudas, quase como uma lamúria da atualidade, que representa o aquecimento crescente do século 21. (Fonte: UOL)