Nos últimos anos, a criação de abelhas no quintal de casa ou no telhado do prédio vem se popularizando em cidades dos Estados Unidos e da Europa, por ser vista como uma solução para reduzir o declínio das populações de insetos. Mas um novo estudo coloca na berlinda a prática de apicultura urbana.
A pesquisa, publicada no periódico científico The Biologist, da Sociedade de Biologia do Reino Unido, afirma que em vez de fornecer uma solução útil para recuperar as população de abelhas produtoras de mel, o aumento do número de colmeias nas cidades poderia estar fazendo mais mal do que bem a estes polinizadores tão importantes para o meio ambiente.
Os pesquisadores argumentam que as abelhas que vivem nas colmeias urbanas não conseguem encontrar flores suficientes para se alimentar localmente e, por isso, podem acabar doentes ou morrer de fome.
Além disso, o estudo adverte que os apicultores inexperientes podem contribuir para a propagação de determinadas doenças entre as abelhas. Diz ainda que se os moradores da cidade querem mesmo ajudar as abelhas, eles deveriam plantar as flores favoritas desses insetos.
Sumiço das produtoras de mel – Embora ainda sejam insetos comuns, as abelhas têm visto sua população diminuir significativamente ao longo do século passado. De acordo com uma pesquisa feita pela Associação de Apicultores britânicos, as perdas deste inverno na região foram as piores desde que os registros começaram, há seis anos. Segundo o centro, o número de colmeias totais da Inglaterra caiu de 300 mil para 135 mil nos últimos 60 anos.
Muitas causas para o declínio no número de abelhas têm sido sugeridas, incluindo fatores inusitados como sinais de telefones celulares. Mas a maioria dos cientistas especializados no assunto acreditam que o principal culpado pelo “sumiço” das abelhas produtoras de mel seja a intensificação da atividade agrícola, que consome grandes áreas de terra, incluindo zonas de polinização desses insetos. (Fonte: Exame.com)