A exportação de milho cresceu muito este ano. O Brasil está vendendo até para os Estados Unidos e a maior parte sai de Mato Grosso, o estado que mais produziu milho no país e que deve mandar para o exterior, em 2013, quase de 13 milhões de toneladas do grão.
Normalmente os caminhões carregados de grãos deixam o estado rumo aos principais portos do país: Santos, em São Paulo e Paranaguá, no Paraná. Juntos, eles foram responsáveis pelo escoamento de 80% do milho mato-grossense exportado em 2012.
Este ano, outras rotas alternativas começaram a ganhar espaço na preferência dos exportadores. É o caso de Itacoatiara, no Amazonas, Vitória, no Espírito Santo, e São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
“A gente saiu um pouco do gargalo que é o porto de Paranaguá. Então, com isso nosso cronograma de exportação foi muito mais eficiente que no ano passado”, diz o diretor administrativo da Friagil, Nilton José Dal Bem.
Quem ainda não escoa pelos portos alternativos, está preocupado. Os silos da Cooperativa de Lucas do Rio Verde ainda guardam 65% do milho produzido pelos agricultores associados.
Até agora, a cooperativa vendeu cerca de 50 mil toneladas de milho para a exportação, mas por enquanto, apenas 32 mil foram escoadas. Todo o restante continua armazenado nos silos e só deve ser retirado no mês de novembro.
Toda exportação da cooperativa continua sendo feita por Santos e Paranaguá. A decisão de escoar o produto no fim do ano foi dos compradores.
“Pessoal fez esta opção de contrato para novembro, eu acredito que um pouco para diluir o carregamento. Porém ele não está acontecendo agora, ele está deixando uma concentração muito grande para outubro e novembro o que nos preocupa”, diz o presidente da Cooalve, Antônio Carlos Costa Lima.
No Porto de Santos, em São Paulo, pelo menos dez navios foram carregados com milho nesta semana. Agora, o embarque está mais tranquilo. O tempo de espera das embarcações há dois meses chegava a 40 dias, caiu para 15 em média.
Nos primeiros oito meses do ano, o país que mais importou milho do Brasil foi a Coreia do Sul, com dois milhões de toneladas. Em seguida, o Japão, com 1,9 milhão de toneladas.
O que chama a atenção na lista é a posição dos Estados Unidos que estão em terceiro lugar. Por causa da forte seca que atingiu o país no ano passado, eles estão precisando do nosso milho para recompor os estoques. Já compraram de janeiro a agosto 982 mil toneladas do grão, 22 vezes mais do que foi importado no mesmo período de 2012.
Até agora, no total, já saíram pelos portos brasileiros 12 milhões de toneladas de milho. O dobro do ano passado. (Fonte: Globo Rural)