Com apenas três anos no Piauí, o Programa Balde Cheio além de ensinar técnicas que melhoram a qualidade do leite, os produtores aprendem como reduzir custos. Para isso levam em conta um maior aproveitamento do solo e as vacas se alimentam de capim todos os dias em sistema de rotação.
O produtor Antônio Machado conta que a sua produção de leite não estava dentro do esperado e a insatisfação era grande. Na tentativa de reverter a situação, ele resolveu integrar o programa há um ano e avalia como positivo os resultados. “Os custos reduzem 50%, é menos estressante para o gado e a durabilidade do animal é maior, que passa mais tempo no pasto. Com o lucro comprei mais vacas e hoje tenho 100 cabeças nos 20 hectares da fazenda.”, comentou.
Antes do Balde Cheio, Antônio Machado lembra que produzia por dia cerca de 200 litros de leite e com o projeto passou para 800 litros. A pretensão dele é produzir 1,5 mil litros por dia até janeiro de 2014.
Segundo o pesquisador Walter Machado, o projeto desenvolvido pela Embrapa ajuda a reduzir os custos da produção de leite em até 50%. O engenheiro agrônomo destaca que a redução é identificada na alimentação, mão de obra, manejo de solo e irrigação e outras técnicas.
Atualmente o Balde Cheio conta com 23 adesões, sendo que já existem 16 novas solicitações de inclusão no projeto para os municípios de Valença, São Pedro do Piauí, Palmeirais, Beneditinos, Batalha, Pedro II, Monsenhor Gil, Lagoa do Sítio, São João da Varjota, Campo Maior, Colônia do Piauí, Demerval Lobão, Castelo do Piauí, São Miguel do Tapuio, Dom Expedito e Ipiranga, sendo que destes citados já tiveram início Valença, Pedro II, Lagoa do Sítio, Campo Maior e Ipiranga. (Fonte: G1)