Se há um prêmio que nenhuma companhia gostaria de receber, certamente ele é o Public Eye Award, da organização não governamental Greenpeace, dado às piores empresas do ano, segundo critérios ambientais da ONG.
Realizada anualmente, quando as principais lideranças empresariais e políticas do mundo se reúnem no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), a edição de 2014 do prêmio conheceu no dia 24 de janeiro suas “campeãs”: a petrolífera Gazprom (por votação popular) e a gigante têxtil Gap (escolhida pelo júri).
A indicação da Gap pelo Fórum Internacional de Direitos Trabalhistas deveu-se principalmente ao fato de que, mesmo após o pior acidente industrial de Bangladesh – a queda do Rana Plaza Factory, que deixou 1100 mortos e muitos feridos -, a empresa se recusou a assinar um acordo pela segurança de edificações e incêndios no país. Em vez disso, segundo o Greenpeace, continua minando as opções de compromisso com seus fornecedores para melhorar as condições de trabalho de milhares de pessoas.
Já a Gazprom teve seu nome estampado na imprensa mundial no fim de 2013, após um protesto pacífico que o Greenpeace fez em uma de suas plataformas. Os 30 ativistas foram presos por denunciar os planos da empresa de iniciar a exploração de petróleo no Ártico.
“Pessoas de todo o mundo condenaram a Gazprom hoje por sua falta de segurança, transparência e respeito ao meio ambiente. Um movimento de mais de 5 milhões de pessoas foi formado para cobrar um santuário no norte do globo, que possa manter empresas como Gazprom e Shell longe do frágil Ártico”, afirmou Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional.Ao todo, foram computados 280 mil votos. (Fonte: Eco Desenvolvimento)