Nível do Rio Madeira baixa mais de 60 cm desde o último pico registrado

O nível do Rio Madeira, em Rondônia, baixou 66 centímetros desde o maior pico já registrado, dia 30 de março com 19,74. De acordo com a Agência Nacional de Águas (Ana), a cota deste domingo (13) é de 19,08. A cheia histórica atinge cerca de 30 mil pessoas no estado, segundo a Defesa Civil.

Especialistas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), afirmam que o Rio Madeira pode demorar até cinco meses para atingir o menor nível, 3,70 metros. Dados do Sipam revelam que o se o Rio Madeira estivesse com o nível normal no mês de abril, marcaria cota de 15,37 metros. Para os próximos 10 dias, o Sipam prevê que o rio pode atingir 18,90 metros.

Com a baixa no nível do rio, a preocupação é o período pós-cheia. Técnicos da Força Nacional do SUS, devem chegar ao estado, para montar hospitais de campanha nos sete principais distritos atingidos: Calama, São Carlos, Nazaré, Jacy-Paraná, Abunã, Cuniã e Nova Califórnia. A data da chegada ainda não foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com dados da secretaria, até o dia 10 de abril, dos 106 casos suspeitos de leptospirose dentro de Porto Velho, 24 foram confirmados, sendo três mortes registradas. De janeiro a março de 2014 a incidência de malária atingiu 933 pessoas. O objetivo é superar o número de casos registrados em 2013, quando pela primeira vez em 13 anos o município de Porto Velho conseguiu fechar o ano com menos de 10 casos da doença.

Enchente histórica – O pico aconteceu dia 30 de março com 19,74 metros. Com a enchente do Rio Madeira, cerca de 30 mil pessoas foram atingidas e estão espalhadas entre abrigos, casas de parentes e amigos. No Baixo Madeira, muitos distritos de Porto Velho foram inundados e milhares de pessoas abandonaram suas casas. O distrito São Carlos foi 100% atingido e várias famílias passaram a viver em flutuantes.

As cidades atingidas pela cheia histórica do Madeira nas últimas semanas são: Nova Mamoré, Cacoal, Candeias do Jamari, Guajará Mirim, Jaru, Costa Marques e Pimenta Bueno. Nestas regiões, exceto Porto Velho e seus distritos, o Corpo de Bombeiros e a Força Nacional contabilizam 1.625 famílias diretamente afetados, sem condições de permanecer em suas casas.

A br-364 foi parcialmente liberada para passagem de caminhões na quarta-feira (9). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Rondônia e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fiscalizam o trecho alagado da rodovia, em Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho distante cerca de 90 quilômetros.

Representantes dos dois órgãos percorreram a região e constataram que a lâmina d’água, que chegou a 1,60 metro acima da pista em março, reduziu consideravelmente e está em 66 centímetros nesta quarta, em um trecho de três quilômetros. (Fonte: G1)