O Fórum Mundial do Meio Ambiente, que terminou nesta sexta-feira na cidade de Foz do Iguaçu (PR), pediu às autoridades a criação de políticas tributárias para promover a “economia verde” e incentivar a redução do desperdício.
Durante o encontro, ecologistas, políticos, empresários e representantes da sociedade civil assinaram uma carta de princípios para garantir o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Os participantes decidiram assumir posições mais firmes em novos congressos internacionais, a fim de pressionar os países em desenvolvimento a frear suas emissões de gases do efeito estufa.
Fixaram também o propósito de tentar reduzir, em um prazo de quatro anos, em um terço o número de pessoas que não têm acesso à água potável e a saneamento básico no gigante latino-americano.
Durante o evento, estiveram presentes o diretor do Comitê de Assistência para o Desenvolvimento da OCDE e ex-ministro norueguês, Erik Solheim, e Bill McKibben, um dos líderes americanos na luta contra o aquecimento global e cofundador do site ambientalista “350.org”.
Ambos defenderam a eliminação dos subsídios para a indústria de combustível fóssil – gás natural, petróleo e carvão – a fim de reduzir as emissões de carbono, enquanto demandaram uma maior “vontade política”.
A proposta foi recolhida pela conhecida como Carta de Foz do Iguaçu, que defendeu “utilizar parte dos valores arrecadados para estimular uma mudança na matriz energética do país”.
Neste sentido, solicitaram a implementação de políticas públicas para promover “a eficiência energética, hídrica e de usos de matérias-primas” em curto e médio prazo.
O Fórum Mundial do Meio Ambiente, que aconteceu ontem e hoje, foi organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), que homenageou Sebastião Salgado por sua defesa da sustentabilidade ambiental. (Fonte: Terra)