Depois de ter sido cancelado o programa “Voluntariado Jovem para as Florestas”, que funcionou entre 2005 e 2011, o atual Governo quer retomar essa “experiência positiva”, pretendendo “agir de forma comprometida no sentido de voltar a possibilitar, anualmente, a operacionalização de um programa de voluntariado voltado à juventude”.
“Se o sucesso da preservação ambiental passa pela sensibilização da população em geral, certo é que passa, muito particularmente, pelo envolvimento dos jovens e sua forte consciencialização para este aspeto, de modo a que o futuro conte com uma sociedade mais preparada para o desafio essencial da preservação florestal”, lê-se no diploma.
O programa “Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas” será da responsabilidade do Instituto Português do Desporto e Juventude, com participação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, da Agência Portuguesa do Ambiente, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e das comissões distritais e municipais de proteção civil, podendo envolver ainda outras entidades públicas ou privadas que se identifiquem com os objetivos do programa.
O anterior programa, suspenso devido à “não afetação das necessárias verbas”, será agora financiado pelo Orçamento do Estado, através das dotações das entidades públicas envolvidas no programa, o Fundo Ambiental, o Fundo Florestal Permanente e outros fundos públicos ou privados no âmbito de parcerias, cuja concretização cabe ao Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).
A dotação global para cada edição do programa é definida anualmente, sendo que para 2018 estão contabilizados 1,5 milhões de euros, correspondentes a 500 mil euros da Autoridade Nacional de Proteção Civil, a 500 mil euros do IPDJ, 250 mil euros do Fundo Ambiental e 250 mil euros do Fundo Florestal Permanente.
“Ano após ano, Portugal confronta-se com pesadas consequências humanas, sociais, ambientais e económicas dos fogos florestais, em proporções de gravidade e alcance indiscutíveis, que não podem deixar qualquer responsável político indiferente, exigindo-se medidas concretas. Este programa visa contribuir para o aumento da educação e sensibilização para a valorização do ambiente, de resiliência da floresta e de proteção contra catástrofes”, justifica o Governo.
Fonte: RTP