Estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) mostra que a água captada de uma cava de argila para o abastecimento de Cordeirópolis (SP) durante o racionamento é de qualidade e está dentro dos padrões de potabilidade. “Foram avaliados quesitos como os teores de cobre, alumínio, zinco e chumbo, além alcalinidade e outros compostos”, informou o químico Emílio Carlos Bassinelo Hespanhol, que fez a pesquisa no Laboratório de Hidrogeologia e Hidrogeoquímica da Unesp.
Para a avaliação foram coletadas amostras de água em dois pontos da Represa do Barro Preto (um deles próximo à moto-bomba usada pela Prefeitura para a captação) e também em moradias nos bairros Jardim Planalto, Jardim Progresso e Centro após o processo de tratamento. “A represa foi escolhida por ser o principal ponto onde se concentra toda água captada em cavas para posterior bombeamento à estação de tratamento”, relatou a assessoria da Prefeitura em nota.
A água armazenada em uma antiga cava de extração de argila desativada há mais de 10 anos tem garantido o abastecimento de Cordeirópolis nos últimos meses.
Em razão da falta de chuvas, o município decretou estado de calamidade e emergência em junho e, desde 14 de agosto, raciona o fornecimento de água por 12 horas diárias.
O sistema emergencial montado em Cordeirópolis conta com uma bomba que capta 4 milhões de litros por dia. O volume é transportado por 3 quilômetros de tubulação provisória que atravessa a zona rural até a Represa do Barro Preto, de onde segue para o tratamento. A cidade tem 22 mil moradores.
Fontes alternativas – A busca por fontes hídricas alternativas, a exemplo da encontrada em Cordeirópolis, é a aposta do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) para amenizar o problema da estiagem na região. Um monitoramento prévio identificou 60 cavas em pedreiras e 58 reservatórios em áreas rurais na região. (Fonte: G1)