Minas Gerais é o terceiro estado a registrar casos de transmissão da febre chikungunya. Até a semana passada, apenas a Bahia, com 156 casos, e o Amapá, com 17 casos, tinham casos de contaminação pelo vírus dentro do próprio estado. Apesar de serem esses os números confirmados, ao todo são cerca de 800 suspeitas de contaminação pelo vírus nos dois estados.
O primeiro caso da doença, em Minas, foi confirmado nesta semana em uma mulher de 48 anos, moradora do município de Matozinhos, região metropolitana de Belo Horizonte. Amostras de outros cinco pacientes estão sendo analisadas para confirmação ou descarte da doença.
Com o aumento do número de infectados, o Ministério da Saúde adotou, na semana passada, o critério clínico-epidemiológico para a confirmação da febre chikungunya nas localidades onde está havendo transmissão. Isso significa que o sistema de saúde vai considerar os sintomas apresentados e a proximidade do paciente com pessoas que já contraíram a doença, sem que haja a necessidade de confirmação do exame. Onde não há os primeiros casos originários de chikungunya, a comprovação continua sendo por meio do exame de laboratório.
A febre chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, os mesmos transmissores da dengue. Passados os sintomas, o paciente deixa de transmitir a doença.
Febre, dores nas articulações, mal-estar, são sintomas comuns entre a dengue e a chikungunya. A diferença é que, na chikungunya, as dores nas articulações podem ser mais fortes. Os sintomas devem ser cuidados com medicação para conter a febre – paracetamol – e para dores articulares, geralmente anti-inflamatórios. Além disso, é recomendado repouso absoluto ao paciente, que deve beber água constantemente.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é raro um paciente morrer em decorrência da doença. A mortalidade é menos frequente que nos casos de dengue. Além dos casos transmitidos dentro do Brasil, ocorreram 38 casos de pessoas que foram contaminadas fora do país. (Fonte: Agência Brasil)