Trinta e dois países reunidos em Berlim se comprometeram nesta quinta-feira (20) a repassar US$ 9,3 bilhões para o Fundo Verde para o Clima (FVC) das Nações Unidas, criado para ajudar os países em desenvolvimento a lutar contras as mudanças climáticas.
“É um dia histórico e extremamente importante”, declarou a diretora do Fundo Verde, a tunisiana Héla Cheijruhu, em coletiva de imprensa.
“As mudanças climáticas são um problema fundamental para a sobrevivência da humanidade”, declarou o ministro alemão do Desenvolvimento, Gerd Müller, anfitrião da Conferência de Berlim. Desta forma, o Fundo Verde tem um orçamento assegurado para os próximos quatro anos.
A maioria dos contribuintes é de países ricos como Estados Unidos, Grã Bretanha, França e Japão. O Fundo Verde, com sede na Coreia do Sul, foi criado oficialmente em 2010 pelos acordos de Cancún para ajudar os países em desenvolvimento a lutar contra o aquecimento global. A meta é atingir US$ 10 bilhões até o final do ano.
Tem como objetivo ajudar os países mais vulneráveis às mudanças climáticas a realizar projetos específicos como, por exemplo, reduzir as emissões de gases do efeito estufa, conter o desmatamento e proteger-se contra o aumento dos níveis do mar.
A Conferência de Berlim ocorre alguns dias antes da conferência do clima das Nações Unidas, a ser realizada no início de dezembro em Lima, e a um ano de uma reunião decisiva em Paris, onde um acordo ambiental global deverá ser aprovado.
O principal objetivo é limitar a 2°C o aumento da temperatura global, que para além deste nível poderia causar desequilíbrios climáticos severos. Esta meta “exige um investimento maciço”, disse Cheijruhu.
Meta maior O FVC, que receberá fundos públicos e privados, doações e empréstimos, faz parte da meta da ONU de obter US$ 100 bilhões para ações contra as mudanças climáticas até 2020. Na reunião do G20 em Brisbane, na Austrália, houve alguns anúncios, como os US$ 3 bilhões dos Estados Unidos e US$ 1,5 bi do Japão.
De acordo com a imprensa britânica, a Grã-Bretanha devia anunciar uma contribuição de cerca de US$ 1 bilhão. França e Alemanha já haviam se comprometido com um bilhão cada.
Enquanto isso, outros países prometeram quantidades muito menores: dos US$ 100 milhões da Suíça e Coreia do Sul, aos US$ 5,5 milhões da República Checa. Dinamarca e Noruega se comprometeram com US$ 70 milhões e US$ 33 milhões respectivamente. (Fonte: G1)