Programa da prefeitura apontará caminhos para Rio enfrentar mudanças climáticas

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou nesta quinta-feira (22) o Programa Rio Resiliente, estratégia que aponta as principais orientações da cidade para enfrentar impactos causados por mudanças climáticas e desafios urbanos nas próximas décadas. Elaborado com a participação de funcionários de 40 órgãos municipais, o programa será coordenado pelo Centro de Operações Rio (COR).

De acordo com Paes, a prefeitura está atenta às cinco prioridades definidas no Protocolo de Quioto, documento assinado em 2005, no Japão, por representantes de 168 países-membros das Nações Unidas.

Os pontos mais importantes são prioridade para redução de risco de desastre, conhecimento do risco e adoção medidas, desenvolvimento de maior compreensão e conscientização, redução do risco e fortalecimento da preparação em desastres para respostas eficazes.

Com ações como implantação do Centro de Operações, integrado por 30 instituições municipais, estaduais e concessionárias, aquisição de novo radar meteorológico e fortalecimento da Defesa Civil, o Rio de Janeiro entrou para a lista das 32 primeiras cidades selecionadas para a rede “100 Resilient Cities” (100 Cidades Resilientes).

A rede é vinculadada à Fundação Rockefeller, organismo internacional sem fins lucrativos que incentiva iniciativas filantrópicas e possibilita a troca de experiências com cidades como Melbourne (Austrália) e New Orleans (Estados Unidos), que já passaram por desastres naturais.

Segundo o chefe executivo de Resiliência e Operações do COR, o emprego deste termo tem a ver com a forma como os governos lidam com mudanças climáticas e outros fatores que possam trazer menos impacto para a cidade e seus habitantes.

“Numa cidade resiliente, as pessoas estão em primeiro lugar. Por isso, os riscos são constantemente mapeados e monitorados. Temos uma linha de ação com os riscos conhecidos. Com os desconhecidos, temos de estar abertos às novas ideias e teorias. As cidades resilientes não são invencíveis. Elas passam por problemas, mas se adaptam, enfrentando os problemas que surgem”, disse Junqueira.

Para a Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro, os deslizamentos de encostas representam o maior problema das chuvas fortes, principalmente no verão. Por essa razão, o principal foco é a proteção dos moradores que vivem em áreas de risco.

Conforme o prefeito, embora os deslizamentos sejam a mais trágica consequência das chuvas fortes na cidade, também há a preocupação com os alagamentos. Para evitá-los, diversas obras estão sendo realizadas, como os quatro piscinões na região da Grande Tijuca, na zona norte, para diminuir o acúmulo de água pluvial no entorno da Praça da Bandeira.

O prefeito Eduardo Paes lembrou a importância de minimizar o impacto dos fenômenos naturais e humanos no cotidiano da cidade. “Eles causam impactos em toda cidade. Sendo resilientes, a prefeitura pode se organizar para evitar que motoristas fiquem com carros alagados na Praça da Bandeira. Assim, podemos desviar o trânsito, com um esforço conjunto com o Centro de Operações. As ações avançaram muito, mas os desafios ainda são enormes”, concluiu. (Fonte: Agência Brasil)