O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba assinaram, no início desta semana, o Projeto de Cooperação Técnica Internacional com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
As três entidades já vêm construindo uma parceria desde 2014 para desenvolver projetos de sustentabilidade e convivência com o semi-árido, além de capacitação técnica local.
Todas as atividades são acompanhadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no âmbito da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) e financiadas pelo Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima (Fundo Clima).
O diretor presidente do IABS, Tadeu Assad, destaca o caráter formativo do Centro Xingó de Desenvolvimento do Semiárido, localizado na fronteira entre Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia, como uma das principais atividades do Instituto. Em 2014, foram capacitadas mais de 100 pessoas em tecnologias sociais, entre técnicos e agricultores.
Já com o Prêmio Mandacaru, o IABS reconhece projetos de tecnologia social simples que ajudam a melhorar a qualidade de vida de pessoas que vivem na região do semi-árido brasileiro. “Premiamos uma ação de purificação da água da chuva para uso doméstico e outra de dessalinização da água por meio de sementes, por exemplo”, conta Tadeu. O IABS vai receber R$ 680 mil do Fundo Clima.
A coordenadora do Centro de Produção Industrial Sustentável da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, Aluzilda Oliveira, ressalta o caráter transformador do trabalho junto ao pólo cerâmico contemplado com o financiamento do Fundo Clima. “São 25 fábricas de cerâmica vermelha, produtoras de telhas e tijolos, que receberam mais de 300 horas de capacitação em boas práticas de eficiência energética”, explica.
Redução no consumo de lenha
Trata-se de proporcionar uma melhoria do processo produtivo para reduzir o consumo de lenha, uma fonte renovável de energia quando extraída de forma legal em áreas de manejo. A Fundação receberá R$ 450 mil do Fundo Clima. O montante é liberado à medida que resultados vão sendo apresentados.
Segundo o diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, as agências implementadoras como IABS e Fundação Parque Tecnológico da Paraíba representam uma nova forma de execução de políticas públicas. “Essas parceiras aumentam o sucesso das políticas”, diz. “Com a descentralização, alcançamos uma maximização dos conhecimentos de cada um e como colocá-los em prática com os beneficiários”.
Para o representante do IICA no Brasil, Manoel Otero, a parceria com o MMA é fundamental. “Todo nosso esforço é para implementar projetos que transformem a realidade”, afirmou.
Em junho de 2014, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), lançou o Edital 078/2014 para selecionar instituições sem fins lucrativos que fizessem a execução descentralizada de ações previstas no Projeto de Cooperação Técnica PCT BRA/IICA/14/001 intitulado “Implementação de estratégias e ações de prevenção, controle e combate à desertificação face aos cenários de mudanças climáticas e à Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD)”. (Fonte: MMA)