Subiu para 56.345 o número de pessoas afetadas pela cheia deste ano no Amazonas, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil do Estado na manhã desta sexta-feira (28). O órgão solicitou a doação de alimentos não perecíveis, além de fraudas, redes e calçados de borracha para as cidades atingidas. Atualmente, seis municípios estão em situação de emergência, oito estão em alerta e um está em atenção.
Os alimentos devem ter validade de até seis meses. A Defesa Civil pede fraldas infantis e geriátricas. “Essa campanha tem o objetivo de atender às famílias e minimizar os prejuízos. Pedimos esse prazo de validade por conta do tempo de viagem para comunidades muito afastadas”, explicou o secretário Roberto Rocha.
Na manhã desta sexta-feira, a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) deu início às doações com 1,7 toneladas de alimentos não perecíveis.
Ajuda humanitária – As 56.345 pessoas afetadas integram um grupo de 11.269 famílias. De acordo com a Defesa Civil, desse total, nove mil famílias foram atendidas com alimentos e kits de remédio e higiene pessoal. “Acabou de chegar a segunda etapa de socorro para o Juruá, em Eirunepé. Para Tabatinga chega amanhã. Para Canutama chegou ontem [quinta, 26] à noite”, disse Roberto Rocha.
Além dos kits, as cidades também estão recebendo purificadores de água, mosquiteiros e hipoclorito de sódio.
As seis cidades em emergência são: Itamarati, Guarajá, Ipixuna, Eirunepé, Envira, Canutama. Atualmente, estão em emergência: Tabatinga, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Benjamin Constant, Humaitá, Atalaia do Norte e Boca do Acre. O município de Tapauá entrou em atenção. A Defesa Civil informou que acompanha a situação, com o monitoramento da subida dos rios. Além disso, a Prefeitura da cidade recebe orientações do órgão.
Na manhã desta sexta, Roberto Rocha criticou a atuação das prefeituras nas cidades afetadas pela cheia. “Nosso problema é que as prefeituras precisam investir mais nas suas defesas civis. A Defesa Civil estadual não consegue suprir todas essas necessidades, e alguns municípios não estão trabalhando no sentido preventivo. O estado acaba fazendo dois trabalhos: estado e município. Tem cidade que demora 15 ou 20 dias para nos dar uma resposta da situação”, afirmou.
O secretário adiantou que a cheia deve causar mais danos às cidades nos próximos dias. “Não temos boas notícias. O mês de março vai ser estrondoso. Nas regiões Sul e Oeste [os moradores] também vão sofrer com a cheia. Até julho, devemos ter 60 mil famílias afetadas”, disse. (Fonte: G1)