O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, reconheceu neste domingo em entrevista coletiva que será preciso tempo para ver os efeitos da “guerra contra a poluição” que ele mesmo declarou ano passado, mas que ainda não conseguiu eliminar a neblina de grandes cidades como Pequim.
“É difícil mudar as condições ambientais em pouco tempo, mas pelo menos podemos mudar a forma como nos comportamos”, ressaltou Li para os centenas de jornalistas em sua entrevista coletiva anual no Grande Palacio do Povo.
“A poluição é uma preocupação na mente de todos, e a China está determinada a trabalhar para resolver esse problema, embora às vezes nossos esforços mostrem menos resultados do que o esperado”, admitiu o chefe de governo chinês.
Li ressaltou que seu governo dará mais poderes às administrações em todos os níveis para combater a poluição e fazer com que os violadores das leis ambientais sejam punidos.
Ele também pediu às instituições responsáveis por esta luta que “adotem a coragem para castigar a negligência e os abusos” na aplicação das leis ambientais.
“Devemos nos garantir que a lei seja uma poderosa arma para lutar contra a poluição, não algo suave como um algodão de açúcar”, sentenciou o primeiro-ministro.
Li assinalou hoje que notou como alguns meios de comunicação qualificaram seu discurso do estado da nação de 2015 como menos focado nos problemas ambientais que o do ano anterior, e se defendeu afirmando que ano passado foram fixadas as metas concretas de redução de emissões.
No discurso deste ano, pronunciado em 5 de março no começo da plenária anual da Assembleia Nacional Popular, o primeiro-ministro fixou uma redução de 3,1% na intensidade de carbono (emissões de CO2 divididas pelo PIB nacional). (Fonte: Terra)