O aquecimento global não afeta apenas o clima, mas também ameaça a saúde dos norte-americanos, disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao anunciar medidas que várias empresas e o governo adotarão para entender o problema e agir para contê-lo.
Em visita nesta quarta-feira (7) à Escola de Medicina da Universidade Howard, em Washington, Obama divulgou que o Google, Microsoft e outras empresas vão ajudar o sistema de saúde do país a se preparar para um clima mais quente e incerto.
“Temos que melhorar a proteção a nossas famílias, que são vulneráveis”, disse ele, explicando que entre as ameaças climáticas estão os incêndios florestais que contaminam o ar, uma maior duração das temporadas de alergias e o provável aumento de enfermidades por picadas de insetos.
O presidente tem se concentrado em informar os perigos que o planeta enfrenta para tentar reduzir o ceticismo da população dos EUA sobre os investimentos feitos para reduzir a contaminação do ar.
Por causa disso é que o presidente tem alertado a respeito do impacto na saúde, por exemplo, como um provável aumento nos casos de asma, reações alérgicas e lesões provocadas pelo clima extremo.
Investimento privado – Segundo o governo, a Microsoft vai desenvolver um protótipo de drone que pode analisar mosquitos e, com isso, estudar seus agentes patógenos e genes. A ideia é criar um sistema que indique sinais sobre enfermidades infecciosas que possam surgir com a piora do clima.
O Google prometeu doar 10 milhões de horas de computação avançada em novas ferramentas para elaborar mapas de risco e alarmes de advertência precoce para incêndios usando a plataforma Google Earth. Com o Street View, imagens serão utilizadas para medir as emissões de metano e fugas de gás natural em algumas cidades a partir deste ano.
A administração Obama ainda pretende implantar várias medidas que vão melhorar a prevenção de emergências, como aumentar o acesso a dados sobre prevenção e redução dos efeitos da mudança do clima.
Os esforços do presidente em vincular a mudança do clima à saúde surgem em um momento de busca por apoio a medidas de corte nas emissões dos EUA, que incluem limitações ao uso de veículos e restrições em plantas elétricas.
Obama confia que essas atitudes para diminuir o lançamento de gases vão ajudar na contribuição dos EUA ao tratado climático, que deverá ser firmado no fim do ano na Conferência das Nações Unidas, a COP 21, em Paris. O objetivo do acordo global é limitar o aumento da temperatura do planeta em 2ºC até o fim deste século. (Fonte: G1)