Um comparativo realizado pelo setor de Vigilância em Saúde de Barra Mansa, RJ, apontou que houve um aumento significativo no número de casos de dengue no município no primeiro trimestre do ano. De acordo com o secretário de Saúde, Jonathan Aguiar, os números são preocupantes.
“De janeiro até o dia 15 de abril, o município registrou 156 casos confirmados de dengue. É um número muito alto se comparado com 2014, quando registramos no primeiro trimestre apenas 15 casos”, contou.
Segundo ele, dados do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado em março, classificou o município com médio risco (1,7%) para doença.
“O levantamento apontou que a maior incidência de criadouros está concentrada em recipientes que acumulam água e no lixo. Além disso, os bairros com maior incidência da doença estão localizados na Região Leste que engloba Nove de Abril, Vila Elmira, entre outros com grande volume de moradores”, revelou.
Para tentar amenizar o problema e evitar uma possível epidemia, a secretaria criou um comitê de combate ao Aedes aegypti.
“A força tarefa envolve outras secretarias da cidade para combater à proliferação do mosquito. Estamos percorrendo os bairros com índices altos de caso, fazendo a limpeza das vias, visitando os imóveis em busca de possíveis focos e notificando proprietários de terrenos que apresentam mato alto e possíveis criadouros. Devido à incidência, nós não descartamos uma epidemia, mas estamos trabalhando para evitá-la. Por isso, contamos com a participação ativa da comunidade nesse combate”, finalizou.
Moradores em alerta – Preocupados com alto índice de casos, a população está em alerta para evitar uma epidemia. No bairro Abelhas I, por exemplo, moradores se reuniram para denunciar um terreno irregular na Rua Atanalpa Oliveira Martins, que está virando criadouro para o mosquito.
“Aqui na entrada da nossa rua, existe esse terreno que virou criadouro ideal para dengue. Nós já pedimos para o proprietário fazer a limpeza, mas o local está abandonado. A gente está preocupado porque o espaço acumula muito entulho, carros abandonados e lixo. No ano passado, muitos moradores aqui da rua tiveram dengue e nosso medo é que essa situação volte a se repetir”, contou a dona de casa Marilda Medeiros Bock.
Moradora do mesmo local, a aposentada Ana Clara Pereira tem uma neta pequena e teme pela saúde da criança. “Nosso risco é eminente. Quando chove por exemplo, esse entulho que tá aqui acumula muita água e acaba virando o local ideal para mosquito procriar. Às vezes, a gente mesmo tenta limpar o local, mas cada vez mais chega mais entulho e lixo. Tenho criança pequena em casa e temo pela saúde dela, assim como pela minha e dos vizinhos. Não sabemos mais a quem recorrer e o que fazer”, lamentou.
Procurado pelo G1, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) informou através de nota, que a limpeza e capina de imóveis e terrenos particulares é de responsabilidade dos proprietários. Apesar disso, o órgão vai enviar uma equipe à Rua Atanalpa Oliveira Martins para verificar as condições do terreno citado na reportagem. Ainda segundo o comunicado, caso necessário, os fiscais vão emitir notificação ao proprietário exigindo providências de limpeza. (Fonte: G1)