Secretaria da Saúde de AL confirma três casos do Zika vírus no interior

A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) informou nesta segunda-feira (8) que há três casos confirmados de Zika vírus no interior do estado.

A confirmação foi possível após exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas, do Pará. Os pacientes que apresentaram sintomas da doença são do município sertanejo de Mata Grande, localidade próxima à divisa com o estado da Bahia, onde já foram notificados 10 casos da doença.

Apesar da notificação recente do vírus em Alagoas, e da preocupação da chegada de uma nova doença no estado, a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, evidencia que o vírus é menos agressivo que a dengue. No entanto, é necessário que a população adote cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor Aedes aegypti, que também é portador do vírus da dengue e chikungunya.

“A Zika é conhecida por apresentar evolução benigna e autolimitada, o que, potencialmente, a difere da dengue, que é mais agressiva. Ela é caracterizada por febre baixa, olhos vermelhos sem secreção e coceira, dores musculares, dor de cabeça e nas costas”, informou Cleide Moreira.

O Zika vírus é do gênero Flavivírus, proveniente da Uganda, na África, e está presente também na Ásia, Oceania e América do Sul. As primeiras notificações da doença ocorreram em 2014, no Rio Grande do Norte e, este ano, também já foram registrados casos no Maranhão, Paraíba, Bahia, São Paulo e no Pará.

Cuidados – Com relação ao tratamento, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, é recomendado tomar paracetamol nos casos de febre e dor, conforme orientação médica.

Não é indicado tomar ácido acetilsalicílico (AAS) e drogas anti-inflamatórias, devido ao risco de desencadear complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue. “É indicado procurar uma unidade de saúde, caso os sintomas se enquadrem no quadro clínico para a doença”, diz Cleide.

No caso de Alagoas, desde janeiro deste ano a Sesau vem realizando visitas técnicas aos municípios. Nas ações, os técnicos municipais são orientandos e os supervisores estaduais têm atuado junto aos agentes de endemias dos municípios para combater o Aedes aegypti.

“As medidas de prevenção e controle são semelhantes às aplicadas em relação à dengue, por isso, os gestores e a população devem redobrar a atenção no combate ao vetor. Desse modo, é importante eliminar os criadouros, com proteção adequada dos depósitos de água utilizados domesticamente”, recomenda Cleide Moreira. (Fonte: G1)