Um grupo internacional de astrônomos descobriu a galáxia CR7, a mais brilhante e luminosa já encontrada no Universo, e sinais das primeiras estrelas formadas após o Big Bang, anunciou nesta quarta-feira (17) a Universidade de Lisboa.
Chamada de Cosmos Redshift 7, ou simplesmente CR7, sigla adotada em referência ao astro do futebol português Cristiano Ronaldo, ela é três vezes mais brilhante do que a atual detentora desse recorde até o momento, a galáxia Himiko, a 13 bilhões de anos luz da terra, conforme o comunicado divulgado pela universidade.
“Decidimos acompanhar um caminho totalmente diferente do resto do mundo e fizemos um mapa de grandes áreas do céu. Sabíamos que o risco de buscar onde ninguém procurava podia ser facilmente compensado por descobertas inesperadas”, disse o líder do grupo de astrônomos, o português David Sobral.
Além da galáxia mais luminosa, os pesquisadores fizeram outra grande descoberta, considerada por Sobral como o “Santo Graal da astronomia”, as primeiras das estrelas formadas no Universo.
Foram encontradas na CR7 grandes emissões de hélio e hidrogênio ionizados sem nenhum sinal de elementos pesados, o que levou os pesquisadores à segunda descoberta.
“Foram essas estrelas que permitiram nossa existência e criaram os elementos essenciais para a formação do Sol e da vida no Universo”, afirmou Sobral.
Esse conjunto de estrelas, tradicionalmente chamado de “População III”, não tinha sido achado até hoje e sua existência só era conhecida em nível teórico. (Fonte: UOL)