Ação vai monitorar 10 municípios em situação crítica de queimadas no AC

Muitos pecuaristas e produtores rurais aproveitam a chegada do período de estiagem para fazer queimadas e, assim, aumentar a pastagem ou áreas de plantio. Mas, a partir de segunda-feira (6), o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), e a Companhia Ambiental iniciam a operação Floresta Viva para monitorar os municípios que apresentaram áreas de situação de risco e atividade irregular de queimadas. As ações de prevenções contra o desmatamento ilegal foram anunciadas nesta sexta-feira (3), durante coletiva de imprensa na sede do Imac.

Sena Madureira, Xapuri, Rio Branco, Feijó, Tarauacá, Manoel Urbano, Acrelândia, Brasileia, Porto Acre e Capixaba foram as cidades com mais focos de queimadas em 2014.

De acordo com o diretor-presidente do Imac, Pedro Longo, o objetivo principal da operação é combater o desmatamento ilegal. Ele explica, que usando como base o ano de 2006 houve uma redução de 60% no número de desmatamento no estado, a intenção é chegar a 80% até 2020. O diretor destaca ainda que a partir de dados do núcleo de inteligência foi possível traçar um quadro de desmatamento irregular, identificando esses municípios.

“Através de outras secretarias, queremos apresentar aos agricultores outras opções que não sejam as queimadas, desde a mecanização das duas áreas, atividades de apoio à agricultura familiar, como açudes e piscicultura, criação de pequenos animais e uso de leguminosas. Nesses dez municípios foi onde constatamos uma atividade mais preocupante, por isso as atividades serão concentradas neles. A maioria dos focos está concentrada em ramais”, explicou.

O secretário de Meio Ambiente do Acre, Carlos Edegard de Deus, diz que esse é o momento em que os agricultores podem crescer e desenvolver o plantio e criação de animais. Por isso, o governo vai oferecer maquinário e principalmente orientação para que não haja desmatamento ilegal nem queimadas.

“Os órgãos da área produtiva estarão em campo para disponibilizar para esse pequeno produtor toda a estrutura que temos. A intenção é que ele ocupe as áreas que já abriu, ao invés de desmatar outras. É claro, não tem condições de essas máquinas chegarem a todos, mas temos vários exemplos do plantio sem a queimada, usando alternativas sustentáveis”, disse.

Viaturas e helicópteros serão usados em operação – Segundo o major Carlos Negreiros, do Policiamento Ambiental, dois helicópteros, viaturas, quadriciclos e 54 policiais ficarão à disposição do órgão para realizar vistorias nos locais denunciados pela população. Cada propriedade rural na Amazônia só pode ter uma área de no máximo 20% convertidos para pastagens e outras atividades. As multas para casos irregulares de queimada, variam de acordo com atividade realizada e hectares atingidos, podendo chegar a até R$ 1 milhão.

“Temos um suporte de viaturas que cobre toda a operação, o uso de helicópteros nos ajudará a cobrir uma área ainda maior. Faremos um trabalho de conscientização e prevenção, pedindo que as pessoas façam denúncias através do 190, principalmente moradores da zona rural. Todas as denúncias serão checadas”, finalizou. (Fonte: G1)