Os Estados Unidos lembram esta semana os dez anos do furacão Katrina, o mais devastador da história do país. Uma década depois, as cidades arrasadas se reergueram. Mas agora enfrentam outros problemas.
Nova Orleans, berço do jazz, renasceu. Foi com a alegria de antigamente que os moradores receberam na quinta-feira (27) o presidente Barack Obama na cidade.
Obama elogiou a recuperação das ruas, das casas, mas disse que a sociedade ainda precisa melhorar: “Quarenta por cento das crianças vivem na pobreza aqui. Um cidadão negro ganha metade do que ganha um branco. O trabalho ainda não acabou”, concluiu.
Faz dez anos que o furacão Katrina arrasou áreas da Louisiana, do Mississipi e do Alabama, no sul dos Estados Unidos, e matou mais de 1.800 pessoas. As cidades se reergueram. Mas, para apagar aquelas imagens da memória, uma década é até pouco.
Os ventos de mais de 200 Km/h chegaram do Golfo do México e o que estava pelo caminho voou, ficou empilhado, foi arrancado do chão. Cidades inteiras foram devastadas.
Em Nova Orleans, que fica abaixo do nível do mar, o furacão agitou as águas, que romperam os diques e inundaram 80% da cidade.
Grande parte da população fugiu. Nas áreas inundadas, a água foi ficando cada vez mais contaminada com combustível e a decomposição de corpos que não tinham como ser retirados.
O Katrina provocou um caos social. Um milhão de pessoas ficaram desabrigadas, sem roupa, sem comida.
O cinegrafista Lúcio Rodrigues e o repórter Luís Fernando Silva Pinto testemunharam o desespero dessas famílias: “O que os refugiados não conseguem entender é a falta de organização. A 20 Km daqui nós filmamos dezenas de ônibus parados. Neste ponto em que estamos outros oito ônibus estão vazios na frente dos refugiados. Mas nada acontece e as horas vão passando”, narrava o repórter logo após a catástrofe.
Estádios que serviram como refúgio ficaram superlotados. O então presidente George W. Bush, que estava de férias na época, foi bastante criticado por ter demorado a tomar providências à altura da tragédia. (Fonte: G1)