A China, país mais poluente do mundo, iniciará em 2017 um sistema nacional de comércio de direitos de emissão de CO2, com o qual espera dar um passo decisivo na luta contra a mudança climática, informaram nesta quinta-feira (24) fontes oficiais americanas.
O presidente da China, Xi Jinping, fará o anúncio nesta sexta-feira após reunir-se em Washington com seu colega americano, Barack Obama, acrescentaram as fontes.
O líder chinês também anunciará uma contribuição “substancial” ao financiamento de projetos contra a mudança climática em países em desenvolvimento, segundo indicaram essas fontes a jornalistas.
O sistema que implementará China em 2017 é conhecido em inglês como “cap and trade” e consiste na fixação de um limite para as emissões de carbono, e a permissão para que as empresas do país que não cheguem a esse limite possam vender créditos a outros que passem do nível máximo.
Essas empresas mais poluentes podem desse modo seguir poluindo mais que o permitido, ao mesmo tempo em que, em nível geral, as emissões sejam mantidas sob o limite fixado.
Segundo os funcionários americanos, que falaram com a imprensa sob condição de anonimato, o sistema nacional cobriria a geração de energia elétrica e as indústrias químicas, do aço e do cimento, entre outras.
Esse compromisso estará dentro de um comunicado conjunto entre Obama e Xi sobre a luta contra a mudança climática, com o qual buscam avançar sobre a base dos compromissos de redução de emissões de carbono que ambos anunciaram em novembro do ano passado.
Os Estados Unidos, por sua parte, não devem fazer nenhum anúncio na sexta-feira sobre contribuições financeiras extras, mas reafirmarão o compromisso que fizeram em novembro de 2014 de doar US$ 3 bilhões ao Fundo Verde para o Clima.
Esse fundo foi criado para tramitar transferências a fim de que os países que são vulneráveis à mudança climática possam fazer frente às consequências da mudança climática e prevenir seu agravamento no mundo. (Fonte: Terra)