A China vai criar em 2017 um mercado de carbono nacional para incentivar cortes de emissão de gases de efeito estufa. O mecanismo, que estabelece um teto de produção de CO2 para diversos setores, distribui direitos de emissão entre empresas e instituições e permite que elas vendam e comprem essas permissões umas das outras.
A China já possui hoje sete mercados regionais – dois cobrindo municípios e cinco cobrindo províncias – que operam de forma experimental. A ideia inicial era que esses mercados se agrupassem num só em 2020. No pronunciamento que o presidente chinês Xi Jinping fez hoje no encontro com Barack Obama, dos EUA, porém, foi anunciada a criação do mercado nacional já para 2017. O mecanismo de negociação de emissões vai regular o setor de energia, as indústrias de aço e cimento, as duas que mais emitem CO2, além de outras.
Obama aproveitou a oportunidade para anunciar também mais medidas conjuntas para política de clima. Os EUA e a China vão trabalhar conjuntamente para estabelecer novos padrões de emissão máxima para veículos pesados, a ser implementado em 2019. Os países devem alinhar também suas políticas para conter a emissão de HFCs. A China anunciou também a injeção de US$ 3,1 bilhões em um fundo para ajudar países em desenvolvimento a cortar emissões.
As novas medidas foram objeto de pronunciamento de Xi nos EUA nesta sexta-feira (25), e foram detalhadas em comunicado da Casa Branca distribuído à imprensa.
Foi a segunda vez que os dois presidentes fizeram um anúncio conjunto de políticas para o clima. Em novembro do ano passado, ambos anunciaram promessas de desaceleração no aumento de emissões de gases estufa. Os EUA prometem emitir 28% menos gases estufa do que emitiam em 2005, enquanto a China promete parar de aumentar sua produção de CO2 em 2030, quando deverá ter 20% da sua matriz energética baseada em fontes renováveis. (Fonte: G1)