Depois de dois dias de estabilidade, o volume armazenado do Sistema Alto Tietê registra queda. Neste domingo (27), o volume ficou em 14,9% diferente dos 15% que se manteve na sexta-feira (25) e no sábado (26). A pluviometria no domingo está em 3,2 mm e a acumulada no mês está em 155,4 mm. A média histórica do mês é de 81,8 mm. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Na mesma data, no ano passado, o índice dos reservatórios era de 12,3% e a pluviometria acumulada era de 102,4 mm.
Chuva e economia – As chuvas de agosto foram 49% a menos do que o esperado. A pluviometria acumulada ficou em 18,6 mm, quando a média histórica é de 36,7 mm.
Julho chegou ao fim com uma pluviometria 16,6% maior do que a média histórica para o mês, segundo os dados da Sabesp. A pluviometria foi de 57,4 mm e a média histórica para o mês era de 49,2 mm.
Em junho choveu menos do que a média histórica. A pluviometria acumulada no mês foi 31,1% menor do que a média histórica, que é de 55,5 mm.
Já entre fevereiro e maio choveu mais do que a média histórica. Antes de junho, o índice foi inferior à média apenas em janeiro, quando a pluviometria foi 58,7% menor do que a média histórica.
Situação crítica no Alto Tietê – Em meio à crise hídrica no estado de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin disse nesta quarta-feira (24) que irá receber um prêmio da Câmara dos Deputados pelo seu trabalho à frente da Sabesp e da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos. O governador afirmou também que “modéstia à parte, é merecido”.
No dia 18 de agosto, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) publicou uma portaria em que classifica como crítica a situação hidríca na Bacia do Alto Tietê. Segundo as informações do Diário Oficial, com a medida, ações deverão ser adotadas para assegurar a disponibilidade hídrica. Segundo o Ministério Público, admitir o estado crítico abre a possibilidade para adoção de rodízio. Já o governador Geraldo Alckmin informou que tratou-se apenas de uma “resolução burocrática normal”. No dia 21 de agosto, o DAEE informou que “não pretende cessar atos declaratórios e outorgas já emitidas para os produtores rurais”.
Desde dezembro de 2013, a água da região é utilizada para abastecer parte dos moradores antes atendidos pelo Cantareira em bairros como Penha, Cangaíba, Vila Formosa, Vila Maria e parte da Mooca.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a população atendida pelo sistema saltou de 3,8 milhões de pessoas para 5 milhões. Um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira, em dezembro de 2014, o sistema chegou a operar com apenas 4,2% da capacidade. O volume das represas aumentou do início do ano até maio, quando atingiu o pico de 2015 de 23,3% no dia 14. Desde então tem sofrido sucessivas quedas. (Fonte: G1)