A Amazônia recebe pela primeira vez o Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) que reunirá até quinta-feira (01/10), em Belém, mais de 3 mil pessoas. O evento tem como tema “Diversidade e Soberania na Construção do Bem Viver”, assunto diretamente conectado com a região.
A expectativa é promover o intercâmbio de saberes, reunindo a produção científica, ativistas, movimentos sociais e populações tradicionais, apresentando à cidade não apenas uma atividade produtiva e o consumo de produtos mais saudáveis, mas todo um modo de vida que consagra em harmonia, o trabalho, a produção, as pessoas e o meio ambiente. O potencial da agroecologia na Amazônia vai além da agricultura familiar, envolvendo também o extrativismo, os Sistemas Florestais (SAFs) e a pecuária.
Serão duas grandes conferências, 12 mesas-redondas, dez rodas de conversas, nove seminários e 22 oficinas, além de apresentações de 165 relatos de experiências e outros 1.200 painéis de trabalhos acadêmicos, divididos em 42 diferentes espaços, além de atrações culturais.
Durante o evento, acontecerá a Feira de Saberes e Sabores (aberta ao público), um espaço com 150 expositores, que trarão uma mostra da diversidade da produção agroecológica da Amazônia, com comidas saudáveis, frutas, verduras, mel e derivados, produtos semi-industrializados, biojóias e muito artesanato.
O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (SEDRS/MMA), Carlos Guedes de Guedes, participará da mesa redonda: “PNAPO – Um balanço das ações e as perspectivas futuras”, a ser realizada no último dia do evento.
A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo) foi criada com o objetivo de integrar, articular e adequar políticas, programas e ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica e de base agroecológica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis.
O Congresso Brasileiro de Agroecologia é realizado desde 2003 com participação ativa de instituições de ensino, pesquisa e extensão, e sociedade civil organizada envolvida com as demandas da agricultura Familiar, como um espaço de diálogo entre os conhecimentos científicos e práticos.
Inicialmente foi pensado como espaço de valorização da agroecologia, mas apenas como ciência, porém vem amadurecendo sua missão como verdadeiro espaço de convergência entre os conhecimentos científicos e práticos. Nos seus mais de dez anos de existência, o CBA já circulou em várias regiões do país, exceto na região Norte e Centro Oeste. (Fonte: MMA)