Grupos sociais e ambientais realizaram uma caminhada na manhã deste domingo (1º) para conscientizar a população sobre a poluição em Manaus e a destruição de florestas na Amazônia. O evento ocorreu na Avenida Coronel Teixeira, em frente à Ponta Negra , na Zona Oeste da capital. Além do protesto, mais de 400 mudas foram distribuídas aos participantes e pedestres no local.
Segundo um dos representantes do movimento “Manaus Mais Verde”, o advogado Júlio Antônio Lopes, de 51 anos, desde a primeira caminhada, realizada em outubro deste ano, outros grupos se uniram para contribuir com a causa. Ele afirma que mais de 300 pessoas participaram da organização da caminhada “Chega de Queimada” neste domingo.
“Na primeira vez, a praia da Ponta Negra estava coberta por fumaça e fizemos a passeata com máscaras cirúrgicas, o que chamou bastante atenção das pessoas. Desde lá, conseguimos muita ajuda para fazer uma caminhada mais expressiva. A ideia é lutar pela Manaus que um dia já foi limpa e que tinha brisas durante a noite. Não queremos nos mudar daqui, como muitos dizem. Queremos lutar para melhorar”, disse.
O “Manaus Mais Verde” contou com o apoio do grupo “Eu que Plantei” e da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI) da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). O evento também foi apoiado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).
Após o grupo se reunir no Anfiteatro da Ponta Negra, a caminhada começou às 7h30, com faixas e apitos pela Avenida Coronel Teixeira. Depois de alertarem os pedestres, o grupo iniciou a distribuição de mudas. “Queremos uma cidade mais arborizada. Estamos vendo com as autoridades como podemos ter um projeto para arborizar os arredores de grandes prédios ou estruturas, como a Arena da Amazônia”, informou Lopes.
A produtora de mudas Izete Oliveira, 45 anos, distribuiu 270 mudas do viveiro Paraíso Florestal, de espécies como cedro, mogno e cumaru. “É extremamente importante para o futuro da cidade e do meio ambiente termos mais árvores. Quando falaram que era por conta das queimadas e da poluição, eu aceitei doar para que as pessoas cuidassem como se fossem filhos”, disse.
Participante da UnATI, Maria Raimunda Batista, de 70 anos, decidiu levar uma das mudas para o seu jardim. “Apóio muito a ideia do evento, essa fumaça faz mal a todo mundo, ainda mais para pessoas na minha faixa de idade. Peguei uma gripe e ainda estou me curando. Espero que as pessoas plantem mais”, afirmou. (Fonte: G1)