O volume armazenado no Sistema Alto Tietê teve a oitava elevação consecutiva nesta segunda-feira (9) e chegou a 15,2% da capacidade, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O índice está em crescimento desde o dia 2 de novembro. A pluviometria acumulada no mês está em 85,2 mm, que correspondem a 66,1% da média histórica de chuvas em novembro, que é de 128,9 mm.
Nesta segunda, a pluviometria diária foi de 7,7 mm. O dia com mais chuvas no mês foi 5 de novembro, com pluviometria de 28,7 mm. Novembro começou com volume armazenado de 13,7%. Portando, houve elevação de 1,5 ponto percentual.
Em 9 de novembro de 2014, o Sistema Alto Tietê operava com 8,3% da capacidade e a pluviometria acumulada no mês era de 58,7 mm.
Em agosto, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) publicou uma portaria classificando como crítica a situação hidríca na Bacia do Alto Tietê.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na manhã desta quinta-feira (5) que a interligação dos sistemas Rio Grande e Alto Tietê, principal obra contra a crise hídrica na região metropolitana neste ano, estará operando com 100% da sua capacidade até o fim de novembro. A obra foi inaugurada em setembro mas opera apenas com 25% da capacidade. Alckmin atribuiu à chuva das últimas semanas a dificuldade para concluir a intervenção.
A interligação entre os sistemas Rio Grande, no ABC Paulista, e Alto Tietê, em Suzano, interior do estado, acabou causando alagamentos em Ribeirão Pires.
Prevista inicialmente para maio, a ligação, por meio de dutos, custou R$ 130 milhões. O projeto prevê que 4 mil litros por segundo sejam transferidos da represa Billings, que está cheia, para a represa Taiaçupeba, seca. Mas apenas 25% dessa vazão está sendo bombeada (1 mil litros por segundo), para evitar novas enchentes.
A redução ocorreu depois que a prefeitura de Ribeirão Pires autuou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Os tratores tiveram que voltar ao Rio Taiçupeba-Mirim para reforçar as paredes do córrego na região do alagamento. Elas estavam cedendo com a força da água e estão recebendo um muro de pedras.
Chuva em 2015 – O mês de outubro terminou sem que as chuvas atingissem a média história. Ao longo do mês choveu 94,5 mm, 82,2% da média histórica de 115 milímetros.
Em setembro choveu o dobro do esperado para o mês no Alto Tietê. Segundo a Sabesp, a pluviometria acumulada foi de 170,2 mm, 108% superior à média histórica. Após 40 dias em queda, o índice dos reservatórios voltou a subir no dia 8. A média histórica foi superada no dia 9 de setembro, quando, em apenas um dia, choveu 57,3 mm. Esta foi a maior chuva do ano.
As chuvas de agosto foram 49% menores do que o esperado. A pluviometria acumulada ficou em 18,6 mm, quando a média histórica é de 36,7 mm.
Julho chegou ao fim com uma pluviometria 16,6% maior do que a média histórica para o mês, segundo os dados da Sabesp. A pluviometria foi de 57,4 mm e a média histórica para o mês era de 49,2 mm.
Em junho choveu menos do que a média histórica. A pluviometria acumulada no mês foi 31,1% menor do que a média histórica, que é de 55,5 mm.
Já entre fevereiro e maio choveu mais do que a média histórica. Antes de junho, o índice foi inferior à média apenas em janeiro, quando a pluviometria foi 58,7% menor do que a média histórica.
O sistema – Desde dezembro de 2013, a água da região é utilizada para abastecer parte dos moradores antes atendidos pelo Cantareira em bairros como Penha, Cangaíba, Vila Formosa, Vila Maria e parte da Mooca.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a população atendida pelo sistema saltou de 3,8 milhões de pessoas para 5 milhões. Um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira, em dezembro de 2014, o sistema chegou a operar com apenas 4,2% da capacidade. O volume das represas aumentou do início do ano até maio, quando atingiu o pico de 2015 de 23,3% no dia 14. Desde então tem sofrido sucessivas quedas. (Fonte: G1)