O presidente chinês Xi Jinping apelou na segunda-feira (30) aos países desenvolvidos para que honrem os seus compromissos de financiamento de U$100 bilhões por ano aos países em desenvolvimento para enfrentarem as alterações climáticas.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), Xi Jinping disse que os países desenvolvidos devem aceitar “mais responsabilidades partilhadas” no objetivo de limitar o aumento da temperatura média do planeta e ajudar as nações mais pobres na adaptação às mudanças climáticas.
“Os países desenvolvidos devem honrar o seu compromisso de mobilizar U$100 bilhões por ano a partir de 2020 e conseguir um apoio financeiro mais forte para as nações em desenvolvimento depois”, disse o presidente da China, de acordo com uma tradução oficial. “Também é importante que tecnologias amigas do clima sejam transferidas para os países em desenvolvimento”, acrescentou.
Na conferência do clima realizada em Copenhague em 2009 foi decidido que os países ricos iriam contribuir com U$100 bilhões anuais para financiar os mais pobres na diminuição das alterações climáticas e na adaptação a elas, na redução das emissões de gases com efeito estufa, responsáveis pelo aumento da temperatura do planeta, e nas formas de enfrentarem a subida do nível do mar, as secas e outros impactos.
A China e os EUA se comprometeram a trabalhar juntos para combater o aquecimento global. Xi Jinping disse na segunda-feira que os países pobres não devem ter que sacrificar o seu crescimento econômico.
A COP21, que vai de hoje até 11 de dezembro, reúne em Paris representantes de 195 países, que tentam alcançar um acordo vinculativo sobre redução de emissões de gases com efeito estufa que permita limitar, até 2100, o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a dois graus centígrados acima dos valores registados antes da revolução industrial. Até agora, mais de 170 países apresentaram contribuições para a redução de emissões, mas ainda insuficientes para alcançar a meta proposta.
Entre os assuntos pendentes estão a aceitação de um mecanismo de revisão periódica das contribuições nacionais e a existência de um só sistema, sem divisões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, mas com flexibilidade no tratamento, tema que, juntamente com a responsabilização dos países maiores emissores, serão aspectos mais difíceis de resolver. (Fonte: Agência Brasil)