Humanos dividem suas casas com centenas de espécies de moscas, aranhas, besouros, piolhos e outros artrópodes, informa um novo estudo.
Pesquisadores visitaram 50 casas em um raio de 50 quilômetros de Raleigh, na Carolina do Norte, e coletaram todos os artrópodes que encontraram. No total, foram 579 morfoespécies – ou seja, fisicamente diferentes – de 304 famílias.
Publicado no periódico “PeerJ”, o estudo constatou que havia mais de cem espécies por casa.
Um artrópode encontrado em todas as residências foi o mosquito galhador, com apenas alguns milímetros de tamanho. Embora esse mosquito viva somente ao ar livre, eles devem ter sido levados para dentro das casas pelo vento, disse Michelle Trautwein, entomologista da Academia de Ciências da Califórnia e uma das autoras do projeto.
Ela e colegas também encontraram insetos predadores de livros da ordem Psocoptera, primos inofensivos do piolho humano. “Basicamente, todos nós vivemos com piolhos”, disse Trautwein.
Maioria benigna – Embora muitos artrópodes diferentes tenham sido encontrados, a maioria era benigna. “A grande maioria dos artrópodes com que vivemos não são consideradas pragas. Eles não vão sugar seu sangue, comer sua comida nem destruir sua casa”, explicou a cientista.
Para realizar o estudo, os pesquisadores rastejaram pelas casas usando joelheiras e lâmpadas na cabeça, e usaram fórceps e um aspirador para sugar amostras que posteriormente estudaram ao microscópio.
Os cientistas agora estão expandindo o estudo para incluir casas nos sete continentes.
“Pretendemos descobrir mais sobre artrópodes em tipos diferentes de casas e em climas diferentes”, declarou Trautwein. (Fonte: UOL)