Os casos notificados de suspeita de microcefalia no país subiram de 4.783 para 5.079, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (12) pelo Ministério da Saúde.
Desse total, 3.852 ainda são investigados, 462 foram confirmados como microcefalia e, em 765 deles, a doença foi descartada.
Segundo o ministério, 41 casos confirmados de microcefalia têm relação com o vírus da zika, contra 17 casos do balanço anterior, de 2 de fevereiro.
O dado atualizado considera as notificações desde 22 outubro de 2015, quando começou o monitoramento de microcefalia no Brasil: 3.174 foram notificados em 2015 e 1.905 no ano de 2016.
Os 462 casos confirmados (24 a mais que no último balanço) foram registrados em 175 municípios de 13 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A região Nordeste concentra o maior número dos casos confirmados de microcefalia. Pernambuco lidera, com 167 confirmações, seguido dos estados da Bahia (101), Rio Grande do Norte (70), Paraíba (54), Piauí (29) e Alagoas (21).
Microcefalia – A microcefalia é um quadro em que bebês nascem com o cérebro menor do que o esperado (perímetro menor ou igual a 32 cm) e que compromete o desenvolvimento da criança em 90% dos casos. As causas exatas do surto no Brasil ainda estão sendo investigadas, mas há fortes evidências de que o zika vírus tenha relação com o surto.
Ele circula no país desde maio do ano passado e uma das hipóteses é que chegou aqui junto com turistas que vieram para a Copa do Mundo. Os casos de microcefalia coincidem com áreas em que o vírus circulou no ano passado.
O vírus zika é transmitido especialmente por mosquitos infectados, principalmente o mosquito da dengue, o Aedes aegypti. A maioria das pessoas não tem sintomas, mas quando surgem são principalmente erupções na pele, olhos vermelhos e dores no corpo. Eles desaparecem em até uma semana, em geral.
Em novembro, o governo declarou estado de emergência em saúde pública no país por causa do aumento de casos de microcefalia no Nordeste.
Prevenção – O Ministério da Saúde recomenda que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros. O governo também recomenda que as mulheres grávidas mantenham portas e janelas fechadas, usem repelente para gestantes e vistam calça e camisa de manga comprida para evitar a exposição aos mosquitos. (Fonte: G1)